Nossa História


Em onze de agosto de 1.994 na sede da Liga da Defesa Nacional, situada no Bairro Estreito, em Florianópolis, reuniram-se alguns militares da Reserva e Reformados para, em grupo, comporem a Associação dos Militares da Reserva, Reformados e Pensionistas das Forças Armadas e Auxiliares de Santa Catarina – ASMIR-SC.

Naquela data foi eleito para exercer o cargo de 1º Presidente da ASMIR-SC, no período de 1994 a 1996, o Suboficial da Reserva da Aeronáutica EDUARDO VALLE NETTO. Na ocasião os objetivos da associação ainda não estavam claramente definidos e a mesma contava com um reduzido número de associados. Definiu-se que o valor da contribuição mensal seria o equivalente a 3% (três por cento) do soldo do terceiro sargento. Na época, para associar-se era necessário o pagamento de uma jóia, no valor de 6 (seis) vezes a mensalidade. Em 1995 a Associação mudou-se para a Praça XV de Novembro 270. Na ata da reunião do dia 09/03/1995, faz-se menção a uma farmácia que atuava junto à ASMIR-SC, com prazo para pagamento.

A ata da reunião de 14/02/1996 fala de uma “cripta dos militares”, de uma isenção de IPTU e do convite ao Governador do Estado para ser o Presidente de Honra da ASMIR-SC. Na mesma data sugeriu-se a contratação de uma secretária, providência que se tornou inviável pelo reduzido número de sócios e, como alternativa, optou-se pelo plantão de um diretor por tarde na sede. Planejou-se, naquela reunião, a criação da categoria de sócio “contribuinte”, que teria como mensalidade 1/5 (um quinto) do valor do sócio “comum”.       Discutiu-se a possibilidade de instalação na sede de uma mesa de sinuca, já que a existência de jogos de dominó, gamão, xadrez e baralho, além de água gelada e cafezinho não eram “atrativa”. A compra da referida mesa ficou para decisão posterior. Nessa reunião lamentou-se a falta de união e visão entre os militares, impossibilitando a criação de um partido político.

A ata de 04/06/1996 cita que a ASMIR-SC estava funcionando no Portal Turístico e lamentou-se que não mais puderam continuar funcionando na sede da UCORFA, tendo sido desconsiderado o pedido de doação que a Associação fizera àquela co-irmã. Falou-se na criação de um diploma “Amigo da ASMIR-SC” e da criação das carteiras de sócio da ASMIR-SC. Nesta mesma reunião decidiu-se pela suspensão do funcionamento da farmácia, já que uma das principais metas da sua existência era a ampliação do quadro social, o que acabou não acontecendo. Comentou-se a possibilidade de se conseguir a doação do terreno no Pântano do Sul, com vistas ao erguimento da Cripta Militar.

Em 15/021997 foi discutida a importância da filiação à HELP Emergências Médicas, sem que se mencionasse se existia ou não convênio com a mesma.
A Assembléia Geral Extraordinária de 26/03/1997 tinha como foco central a criação da Caixa Assistencial da ASMIR-SC – CASASMIR. O referido assunto não foi alvo de nenhum seguimento.

A ata da Assembléia Geral Ordinária de 20/09/98 dá conta da reeleição do Sr Eduardo Valle Netto para o cargo de Presidente para o biênio 1998/2000. Na ocasião o Presidente discorreu sobre os primeiros passos da ASMIR-SC, que começou suas atividades com o auxílio da Liga da Defesa Nacional, com quem dividia as dependências, no Portal Turístico de Florianópolis. Na ocasião foram ajudados pelo Vereador Francisco Rzatki (Chicão) e pelo BESC Clube – para as obras necessárias na sala da Rua Vitor Meirelles 35 – Centro. A Assembléia Legislativa também colaborou nesta fase. O COIFA – Círculo de Oficiais Intendentes das FFAA, ofereceu a possibilidade de militares da reserva e reformados para integrarem o pecúlio velhice. Para tanto a ASMIR-SC ofereceu suas dependências e lista de prováveis candidatos, mas a parceria foi desfeita, pois aquele Círculo não cumpriu as promessas que havia feito aos membros da Associação. Sugeriu-se, naquela Assembléia, a campanha que visava a apresentação de um sócio novo para cada sócio existente.

Em 22/04/99 o Sr Valle Netto apresentou carta de demissão do cargo de Presidente por motivos de saúde. Aceito o pedido, assumiu a Presidência o Sr Fernando Olinto Brizola Pitaluga. Criou-se a Comissão para Atos Sociais, a ser composta por esposas de associados.

Em 23/06/99 foi novamente citada a Cripta dos Militares e a criação de uma caixa para empréstimos aos associados.

Na reunião do dia 01/09/99 foi aventada a hipótese da fusão da ASMIR-SC com a UCORFA, com vistas à integração da sala daquela co-irmã ao patrimônio da ASMIR-SC. Os associados deveriam aumentar em 1/5 (um quinto) o valor da mensalidade na época e que seria repassado à contabilidade daquela União Catarinense dos Oficiais da Reserva e Reformados das Forças Armadas. Foi discutido, também, a existência de problemas constatados quando de atendimento pelo FUSEX. Os mesmos seriam relatados ao Comando da 14ª Brigada através de ofício a ser enviado pela Associação. Na mesma data aventou-se a possibilidade de estabelecer-se convênio com profissionais do Direito para assistência jurídica aos Associados. Foi criada a escala de permanência diária na entidade.

Na Assembléia Geral Ordinária de 05/04/00 foi eleito por aclamação o Sr Fernando O. B. Pittaluga como Presidente. Acertou-se que entraria em vigor o aumento destinado ao repasse à UCORFA.

Em 17/06/00 foi realizado um jantar dançante de confraternização no Clube Atlético Marechal Guilherme – CAMAG, entidade dos Subtenentes e Sargentos do Exército, em parceria com o Grupo de Mulheres Cidadãs do Mundo.

Na reunião de 06/11/02, o Sr Fernando O. B. Pittaluga apresentou sua carta de renúncia ao cargo de Presidente. A Diretoria de então também constava do pedido. Por ter colocado seu nome e de mais alguns sócios com a finalidade de cobrir a lacuna até abril do ano de 2.003, quando seriam realizadas novas eleições, o Sr JOSÉ ROBERTO LACERDA SILVEIRA assumiu interinamente a Presidência da ASMIR-SC.

Na Assembléia Geral Ordinária de 30/04/03, o Sr José R. L. Silveira foi eleito, por aclamação, como Presidente da ASMIR-SC.

Em Assembléia Geral Ordinária de 20/05/05, o Sr José R. L. Silveira foi reeleito.

Em Assembléia Geral Ordinária de 16/02/08, o Sr José R. L. Silveira foi reeleito.

A ASMIR-SC, devido à pouca quantidade de sócios, sempre encontrou dificuldades para estabelecer-se em uma sede. As constantes mudanças prejudicaram, até mesmo, a sua definição como um ponto de referência.
Para a consolidação da sua destinação histórica, a Associação começou a desempenhar, a partir de 2.003, o papel que, na visão da sua Diretoria, deve ser a razão da sua existência: a luta pelos interesses dos Associados e suas famílias. Em razão disso, metas foram estabelecidas e maneiras para alcançá-las começaram a ser traçadas. Aproveitando-se da sua condição de pessoa jurídica, a ASMIR-SC enviou correspondências ao Ministro da Defesa objetivando a criação, em Florianópolis, de um Hospital das Forças Armadas, nos moldes do que já funciona em Brasília. Esse pedido baseou-se na precariedade do atendimento médico-hospitalar para o específico público que representam os militares e seus familiares residentes em Santa Catarina.

Na linha de ação adotada para a consecução do objetivo, durante uma atividade social da AMRAER, foi contatado o Comandante da 14ª Brigada, o Exmo Sr Gen Bda Ademar – que na mesma data falou pessoalmente com o Comandante da Base Aérea, o Sr Cel Av Marco Antônio, e marcou-se uma reunião na Brigada para a tomada das primeiras posições a respeito da árdua caminhada que representaria a Missão. Marcada para o dia …/………/…, a reunião realizou-se com a presença do Exmo Sr Gen Bda Ademar, o Cel Av Marco Antônio, o CMG Prade – comandante da Capitania dos Portos e do Diretor do HGuFl – TC Temístocles, além de oficiais da área médica das três Forças. Representando os militares da Reserva fizeram-se presentes o TC R1 EB Silveira – Presidente da ASMIR-SC, o Maj R1 Aer Nazareno – Presidente da AMRAER e o SO Ref Aer Petrocchi – assessor destes Presidentes.

Abrindo a reunião o Gen Ademar confirmou a situação delicada no setor, tratando mais detidamente da situação dos militares do EB. Solicitou que os representantes da Marinha e da Aeronáutica também expusessem a situação nas suas unidades. O Cel Marco Antônio seguiu a linha de raciocínio do Cmt da Brigada e fez um sucinto relato da precariedade do sistema de saúde da Aeronáutica em Florianópolis. Nas palavras do CMG Prade a Marinha não estava enfrentando problemas com o seu pessoal. O Gen Ademar elogiou a atitude do pessoal inativo que estava a buscar soluções para um problema que atinge tanto o pessoal inativo quanto os ativos e seus familiares. Expôs que as entidades como a ASMIR-SC e a AMRAER, por possuírem personalidade jurídica seriam de grande valia na busca de uma alternativa. Explanamos os nossos motivos e, ao final da reunião, decidiu-se que as forças ali representadas deveriam encaminhar à ASMIR-SC um relatório que listasse suas necessidades, no menor prazo possível.

Recebemos, dentro de um relativamente pequeno espaço de tempo, a resposta do HGuFl que solicitava, a curto prazo, a dotação de vários equipamentos médico-hospitalares para minimizar os problemas existentes. A Base Aérea optou pela elevação de categoria do seu Esquadrão de Saúde, tendo em vista a pouca capacidade de atendimento atual, com reduzido número de especialidades médicas com as quais conta. A Marinha nunca enviou qualquer documento relatando suas necessidades.

Com os dados em mãos, a ASMIR-SC elaborou o ofício nº 002/2004, de 02Ago2004 (cujo embrião é uma Exposição de Motivos que chegou a ser elaborada) ao Ministro da Defesa, solicitando a criação do Hospital das Forças Armadas de Florianópolis. Por sabê-lo de difícil e demorada execução, apresentamos a alternativa mais exeqüível a pequeno prazo, ou seja, o atendimento das mais urgentes solicitações do HGuFl e da Base Aérea. Através do Coronel Av Ornellas, em serviço em um dos gabinetes do Palácio do Planalto, fizemos chegar ao Presidente da Republica uma cópia da referida correspondência. Esta última manobra resultou em ofício do Gabinete Pessoal do Presidente que informava que aquela autoridade havia determinado aos escalões envolvidos que fossem tomadas as providências necessárias para o atendimento do que pleiteávamos.

Como resultado do pedido da ASMIR-SC, obteve-se o seguinte: o HGuFl recebeu a totalidade do material que solicitou. A Base Aérea teve lançada a Pedra Fundamental do Hospital da Força Aérea de Florianópolis em outubro de 2.007. Em 27 de maio de 2.008 será publicado o edital de concorrência para a construção da tão esperada obra. Parte do numerário destinado para este fim já está em Florianópolis.

A luta pelo Hospital das Forças Armadas, entretanto, continua. Continuaremos perseguindo este propósito, que julgamos ser o ideal para os nossos anseios. Em 20 de outubro de 2005, por exemplo, o Presidente da ASMIR-SC e o seu Assessor, estiveram no HGuFl em reunião com o Gen Div Dark – Vice-Chefe do DGP do Exército, com o Vice-Diretor de Saúde daquela Força – Gen Méd Távora, com o Gen Ademar e com o TC Temístocles, Diretor do HGu. O Gen Dark, quando do seu comando da 14ª Bda, havia elaborado um plano de ampliação do HGuFl, o que não foi levado a termo. Recebemos o apoio das autoridades presentes e a certeza da sua participação positiva no que lhes couber decidir.

Paralelamente a esses trabalhos, as discussões entabuladas nas reuniões semanais da Diretoria da ASMIR-SC trazem à tona outras aspirações. Constam delas a criação de um Colégio Militar na cidade, o estabelecimento de um Departamento Jurídico para orientações aos Associados, um grupo de apoio psicológico, outro para esportes e uma programação social mais freqüente.
Outra providência adotada foi a definição da tentativa de uma audiência a ser agendada com o Ministro da Defesa para o mês de julho de 2.008, quando compareceriam o Presidente da ASMIR-SC e seu Assessor. Os assuntos tratados seriam: a uniformização dos serviços de saúde das três Forças, a criação de uma “quarta Força” (modelo francês) – que reuniria os serviços comuns às outras três (aquisição de gêneros alimentícios, medicamentos, saúde, etc.), da sedimentação do conceito de MINISTÉRIO DA DEFESA – o que traria inúmeros benefícios funcionais, e, é lógico, a continuidade da implementação do HFA-FL.